8 de novembro de 2016

Porque hoje faz sentido dissertar sobre o tempo...

O TEMPO

O tempo,
às vezes parece que voa,
outras vezes parece que flutua
e outras vezes fica em suspenso,
como se levitasse…

O tempo,
às vezes parece que me empurra,
outras vezes parece que me segura,
e outras vezes fica estático,
como se me travasse!

O tempo,
às vezes parece que me abandona,
outras vezes parece que me abraça,
e outras vezes parece desgarrado,
como se eu não existisse!

O tempo,
às vezes parece em fuga,
outras vezes parece que regressa,
e outras vezes parece desorientado,
como se me baralhasse!

O tempo,
às vezes parece que me atravessa,
outras vezes parece que me trespassa,
e outras vezes parece ter-me condenado,
como se me ignorasse!

O tempo,
às vezes parece que me afaga,
outras vezes parece que me embala,
e outras vezes parece ter-me perdoado,
como se me amasse!

Anamar Sereno, in "O Livro dos Enigmas". 8 Novembro 2016