22 de julho de 2015

UMA CALDENSE EM MAIORCA

Postais ilustrados de paraísos maiorquinos


Esta foi a terceira vez que "voei" até Mallorca, uma das mais famosas ilhas espanholas no quente e sossegado mar do Mediterrâneo. Porém, desta vez,  recusei a "movida" alucinante de locais como Magalluf ou El Arenal, no sul da ilha, sobejamente conhecidos e demasiadamente cheios de gente, onde os dias correm agitados e barulhentos, e as noites são frenéticas! 
Escolhi então o norte de Mallorca, mais concretamente a zona de Alcúdia, uma enorme baía de águas quentes e que abraça 7 km de praias de onde não apetece sair jamais. Depois de uma hora e meia de voo de Lisboa até Palma, capital da ilha, ainda foi preciso percorrer cerca de 60 km até à Praia de Muro, onde fiquei hospedada. A escolha não podia ter sido melhor! Para além de ser um local mais calmo, não obstante de estarmos em Julho, Muro é uma praia extensa, salpicada aqui e ali por pinheiros mansos, e banhada por águas quentes, mas mesmo quentes. Tão quentes que não dava para nos refrescarmos. Se a temperatura do ar rondava os 37 graus, a temperatura da água do mar ultrapassava os 25 graus...portanto, se forem até Mallorca nesta altura do ano preparem-se para o calor, dentro e fora de água!  


Praia de Muro, Baia de Alcúdia, norte de Mallorca.









O norte de Maiorca revelou-se um sitio de paisagens paradisíacas, onde a Serra agreste se perde até ao mar, escondendo nas suas escarpas pequenas praias, a que os espanhóis chamam "calas"...algumas dessas calas não são mais que pequenos areais escondidos, cujo acesso só é possível a pé por entre a vegetação das serras. Outras calas, como as que vos mostro a seguir, embora mais frequentadas, não são menos encantadoras, mágicas até, remetendo-nos para o tempo em que piratas e corsários ali se escondiam...

Cala Formentor, um areal à sombra dos pinheiros 








Cala San Vincenç, uma "pequena ilha grega"

Adorei esta pequena praia aconchegada por entre as escarpas, dando cor e vida ao cinzento das rochas. Se eu não soubesse onde estava, diria que estava numa qualquer ilha grega, pelas suas características geológicas, mas também pelo casario branco e as suas esplanadas pitorescas em redor da enseada. Um lugar inesquecível.






Cala Agulla, um refugio deslumbrante

A Cala Agulla é uma das minhas favoritas, obviamente pela sua beleza natural, um tanto ou quanto ofuscada pela presença de tantas pessoas. Mesmo assim, foi possível usufruir do seu mar quente, tão absurdamente consolador quando estamos habituados às aguas frias da nossa costa Atlântica. Para chegar a este areal, é necessário fazer um percurso por entre o pinhal, o que a meu ver lhe confere um ar ainda mais exótico!





6 de julho de 2015

"STREET FOOD" CHEGA A CALDAS DA RAINHA

"MISS VINAGRETTA" - UM NOVO CONCEITO DE COMIDA

"Street food" ou "comida de rua" é uma das tendências mais recentes nas grandes cidades do mundo e da Europa, tal como em Portugal. Em Lisboa não há nada mais "in" e agradável, que "viver a rua", comendo precisamente nas ruas, onde tudo acontece, e onde se encontram excelentes propostas gastronómicas.
Esta nova forma de degustação chega agora também às cidades mais pequenas do nosso país, nomeadamente a Caldas da Rainha, através de um projecto arrojado de "street food", lançado por uma jovem empreendedora, Maria Botas, e que em breve todos reconhecerão como "Miss Vinagretta".
"Miss Vinagretta" irá certamente marcar a diferença no panorama gastronómico local, através da oferta de uma comida saudável, confeccionada na hora, de forma inovadora e com produtos frescos da região. 
"Miss Vinagretta" irá proporcionar aos amantes de boa comida, uma forma de degustação fora das "quatro paredes", dinamizando assim as ruas da cidade. A "Miss Vinagreta" já não se encontra em "banho - Maria", estando já em "ponto de ebulição"...Em breve poderá ser vista e saboreada nas principais ruas das Caldas da Rainha, mas também junto às praias da zona Oeste.


Entretanto, e porque um dos segredos do sucesso "é trabalhar com as pessoas certas", a "Miss Vinagretta" esteve à conversa com o mais famoso dos "tubarões", Tim Vieira, numa conferência de MBA no ISEG, em Lisboa, na passada sexta-feira.


20 de maio de 2015

ARQUITETURA INSPIRADORA

UMA CASA AÇORIANA

Uma ruína foi o ponto de partida para o desenho de uma casa de férias na ilha do Pico. O projecto surgiu da vontade de manter a ruína e pensar uma casa que a valorizasse, que a ela se pudesse moldar e simultaneamente dela tirar partido, oferecendo possibilidades de vivências mais diversas e complexas que a anterior tipologia.
O projecto deu origem a uma casa inspiradora, em perfeito equilíbrio com a natureza envolvente e o oceano atlântico. 


"A arquitetura é o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes dispostos sob a luz."
Le Corbusier










18 de maio de 2015

LUGARES COM HISTÓRIA

MERCADO DE VELHARIAS EM CALDAS DA RAINHA

Se há lugares onde eu gosto de ir com frequência são os mercados de rua, independentemente do que lá se venda. Os meus favoritos são os mercados de velharias - pequenas "feiras da ladra" - pela história que encerram em si, pelos testemunhos que representam de vidas vividas e de outras que ainda pululam. 
O mercado de velharias das Caldas da Rainha renasce todos os meses, no 2.º Domingo, sob a protecção das frondosas e refrescantes árvores do Parque D. Carlos I. Encontramos de tudo por ali, objectos de importante valor histórico e outros de importância relativa...digo eu. Malas em pele, móveis velhos mas com potencial para voltarem a brilhar numa sala, antigas telas ou fotografias amareladas, mosaicos arrancados das paredes de casas esquecidas e fechadas ao tempo e ao barulho das pessoas, caixas, baús e arcas em madeira apodrecida podem ser apreciados, mas também há livros - uns em relativo bom estado outros com as páginas já corroídas pelo tempo, pautas de música, bonecas velhas que fizeram as delicias de crianças de outrora, malas de viagem que muito teriam que contar, brincos e colares, bordados que já tiveram melhores dias, rendas e afins, utensílios agrícolas, porcelanas e outras cerâmicas sem demais valor, e até mesmo utilidades domésticas que deixaram de ser úteis. 
Estes mercados são, para muitos, uma forma de escoar objectos que passaram a ser desnecessários lá em casa e que acabam por render uns trocos. Para mim, são depósitos de relíquias, cujas bancas eu percorro com um olhar expectante, na mira daquela peça que fará a diferença lá em casa!