7 de fevereiro de 2015

A ARTE QUE VEM DO MAR...E DOS "PAUS"


“Os paus são obras de arte na praia, o mar e a areia já fizeram todo um grande trabalho de escultura e a sua expressão máxima é quando eles estão assim expostos neste grande banho de luz. Depois é só abaixar-se, agarrar, apreciar, admirar e carregar. Fazer peças com eles é simplesmente interpretar e isso dá um gozo tão grande!” 
Quem o diz é Sylviane Lehuby que encontra inspiração nos troncos apodrecidos de tanto vaguearem nas salgadas águas, nos seixos, conchas, cascas de moluscos, pedaços de madeira, restos de artefactos abandonados pelos pescadores à mercê das marés, enfim coisas que o mar esculpe e depois expulsa, e que a areia guarda, para fazer nascer das suas mãos as mais belas peças de arte. 



Sylviane Lehuby, a artista de que vos falo, há já 30 anos que escolheu Portugal para viver, em parte motivada por amor a um português que a atraiu até às “redes” da Nazaré, onde permanece “presa” até hoje. “A maneira de viver dos portugueses, a sua liberdade”, diz Sylviane, foi outro dos aspectos que a fizeram deixar Paris e abraçar a vida neste país, a mítica praia da Nazaré e as suas gentes. Aqui deu forma ao seu talento criativo, que sempre sentiu dentro de si e que ao longo dos anos tem vindo a aperfeiçoar. 
O seu trabalho é apreciado por pessoas de norte a sul do país, mas também pelos turistas estrangeiros que ao visitarem a Nazaré não ficam indiferentes às peças expostas na sua loja. “Tenho encomendas provenientes dos quatro cantos do mundo, desde Alemanha até à India”, conta Sylviane, uma loira de olhos vivos, cuja fisionomia não disfarça a suas origens francesas, e cuja idade não consigo definir. Deve ter uma certa idade – como se costuma dizer quando se ultrapassam os 50 - mas só transpira jovialidade. E isso reflecte-se nas suas obras!


Sempre que vou à pitoresca Nazaré, a Casa Alcoa/Artesanato é visita obrigatória. E faço-o há mais de 20 anos, desde que enquanto muito jovem aquela praia passou a ser local de férias em família! É mais que uma loja de artesanato...para mim é como entrar num mundo encantado que só existe no fundo do mar ou no bem escondido no nosso imaginário. Ora vejam.


























A Casa Alcoa/Artesanto situa-se na Praça Sousa Oliveira, junto da famosa e animada "praça das esplanadas", bem no centro da vila e a um passo da praia. Não esperem pelo Verão. A Nazaré é enigmática também no Inverno. Vão até lá ver as ondas gigantes e não dispensem uma visita a esta loja onde a Arte é rainha.




30 de janeiro de 2015

COMPANHIA DE TEATRO DA RAINHA - 30 ANOS EM FOTOGRAFIAS

A Companhia de Teatro da Rainha, assinala 30 anos de actividade, com a inauguração da exposição "Os Fotógrafos da Rainha | 30 anos de Teatro", no próximo Domingo, dia 1 de Fevereiro pelas 16 horas.

São três décadas dedicadas ao Teatro, retratadas em centenas de fotografias, escolhidas de entre as milhares que fazem parte do acervo da Companhia e que vão estar expostas na Sala Estúdio do Teatro da Rainha, até dia 10 de Maio.

"São 12 fotógrafos, milhares de fotografias, centenas que escolhemos para uma cronologia – muitas, mais que excelentes, extraordinárias - e cerca de sessenta que procurámos escolher pelas fotografias em si", esclarecem os organizadores a propósito deste evento comemorativo de uma já longa actividade dedicada às artes dramáticas.


"A Exposição os Fotógrafos da Rainha - 30 Anos de Teatro(...)faz-se de múltiplos olhares, de modos de ver, de fotografar, faz-se de uma pluralidade de tomadas de vista". Ficam aqui algumas das fotografias que fazem parte da exposição.













Os Fotógrafos da Rainha | 30 anos de Teatro

  • Sala Estúdio do Teatro da Rainha
  • 01 de Fev. a 10 de Maio
  • ter. a sex. das 15h às 19h
  • sab. e dom. das 11h às 17h

Entrada Livre



29 de janeiro de 2015

DESENHOS DE ÁLVARO SIZA VIEIRA NO CENTRO CULTURAL DE CALDAS DA RAINHA

"Desenhos para a casinha dos prazeres", é uma exposição que apresenta 20 desenhos, do arquitecto Álvaro Siza Vieira, e que poderão ser apreciados a partir do próximo domingo, dia 1 de Fevereiro, e até ao dia 28, no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha (CCC).
Este conjunto de trabalhos foi proposto por Siza Vieira para acompanharem o conto do escritor libertino Jean-François de Bastide (Marselha, 1724 – Milão, 1798), pela primeira vez traduzido para português por António Mega Ferreira.
Esta Casinha dos Prazeres ergue-se como personagem de uma intriga muito simples, que parte de uma aposta: o marquês de Trémicour acha que a casinha chegará para seduzir a jovem Mélite; Mélite aposta que não. Mas a casinha é uma espécie de dueña ou alcoviteira ao serviço do sedutor. 
Foi este jogo de sedução que o arquitecto imaginou e passou para o papel sob a forma de desenhos e que agora pode conhecer. Uma exposição a não perder!















8 de janeiro de 2015

6 de janeiro de 2015

ÓBIDOS ELEITA UMA DAS MAIS BELAS VILAS DA EUROPA

A pitoresca vila de Óbidos foi considerada uma das mais belas vilas da Europa pela revista norte americana «Travel and Leisure». Segundo esta publicação, o encanto está no "interior das muralhas”, onde “um emaranhado de casas caiadas de branco se cobre de buganvílias”, com as suas “ruas empedradas” e “muitos bares que servem ginginha, o licor local”. 
Sem qualquer ordem, estas são outras da vilas distinguidas pela revista como as mais bonitas da Europa: Tellaro (Itália), Bibury (Inglaterra), Hallstatt (Áustria), Folegandros (Grécia), Colmar (França), Reine (Noruega), Telc (República Checa), Albarracín (Espanha), Pucisca, (Croácia), Cong (Irlanda), Gruyères (Suíça), Bled (Eslovénia), Marsaxlokk (Malta), Giethoorn (Holanda), Banksa Stiavnica (Eslováquia), Cochem (Alemanha), Bosa (Itália), Kazimierz Dolny (Polónia), Rättvik (Suécia) e Dinant (Bélgica).
Para mim que já visitei e fotografei vezes sem conta esta vila medieval do Oeste, entendo que a sua beleza, ou o seu valor patrimonial, histórico, cultural e turístico, é inquestionável. De qualquer modo, este tipo de classificações atribuídas por organismos ou publicações de dimensão internacional, são sempre positivas, trazendo normalmente contrapartidas económicas. 









Eu que vivo «paredes meias» com esta mítica vila, há tantos séculos guardada pelas grossas muralhas, aconselho vivamente uma visita a Óbidos, às suas ruelas de calçada, aos edifícios seculares, às Igrejas monumentais, aos restaurantes que tão bem sabem receber, sem esquecer de saborear a ginginha servida em copo de chocolate!