23 de dezembro de 2014

JOE COCKER PARTIU MAS DEIXOU-NOS AS SUAS CANÇÕES


Palavras para quê? Já tudo foi dito sobre a morte deste Senhor da música mundial, que em vésperas de Natal a todos nos deixou um pouco mais pobres e tristes! 
Todos sabemos que até as estrelas um dia deixam de brilhar...mas no caso de Joe Cocker, o seu "brilho" será eterno e para sempre será lembrado pela voz rouca, apaixonada e intensa, pela garra e vivacidade com que interpretava as suas canções. Sempre gostei muito daquela voz poderosa - impossível ficar indiferente - e da sua obra discográfica. 
Em forma de homenagem partilho hoje um vídeo de uma das suas actuações ao vivo em 1970. "The Letter" faz parte do álbum "Mad dogs & Englishmen" editado no mesmo ano, e é mais um tema brutalmente bem interpretado por Joe Cocker e do qual o gosto e especial. 


21 de dezembro de 2014

PÃO - DE - LÓ DE ALFEIZERÃO - IRRESISTÍVEL TENTAÇÃO


Estamos a poucos dias do Natal, e por esta altura é tempo de pensar na ementa do jantar do Natal, e em todas aquelas imensas e açucaradas iguarias que compõem a mais bela mesa de jantar do ano!
E, como «não há bela sem senão», a seguir a um jantar onde passamos grande parte do tempo a degustar «Fatias Douradas», «Azevias», «Troncos de Natal», «Bolo Rei», «Bolo Rainha» e «Sonhos», os dias seguintes serão um pesadelo em forma de quilos a mais! Ai Natal, Natal a quanto obrigas!
A minha “desgraça” já começou neste sábado. A tarde foi de passeio pelas atracções natalícias da região e - vá-se lá saber como -  dei por mim a entrar numa das mais antigas e tradicionais pastelarias da região Oeste - «A Casa de Pão - de - Ló de Alfeizerão». A tentação venceu e não resisti a uma enorme fatia de um dos maiores ícones da doçaria do Oeste. Doce, sem o ser em exagero, fofo, esponjoso, e húmido no seu interior, é a minha descrição deste afamado Pão - de - Ló.



À primeira vista parece apenas um vulgar «Pão - de - Ló» mas, na verdade, destaca-se dos restantes que se fabricam em em Portugal, pelo seu interior liquido e cremoso, dando a ideia de que ainda está meio cru, havendo até quem julgue que se trata de um recheio de ovos moles. Esta particularidade tem uma razão. Segundo a lenda, terá sido uma uma freira do Convento de Cós, (situado numa aldeia próxima de Alfeizerão), que estando incumbida de confeccionar o Pão - de - Ló para o Rei D. Carlos aquando da sua passagem por aquela localidade a caminho de São Martinho do Porto, o nervosismo a terá levado a retirar o bolo cedo de mais do forno. O Rei terá gostado tanto que a nova versão se manteve até aos nossos dias.





A confecção desta doçaria tem vários séculos de história, mas a sua comercialização teve inicio em 1925, por iniciativa do pároco da Vila de Alfeizerão. O negócio adquiriu proporções tais que a «Casa do Pão - de - Ló de Alfeizerão» continua a ser um caso de sucesso de renome nacional e internacional. Os actuais proprietários fazem questão de manter a tradição e, por isso, a sua confecção é mantida sob os rígidos padrões de qualidade e tradicionais métodos de outrora. 
Para além do Pão - de - Ló, podemos-nos deliciar com outros doces de influência conventual, como as Empadas de Galinha, as Queijadas, Trouxas de Ovos, Areias, Gengibres, Palitos de Manteiga, Suspiros, e muitas outros que dão fama a esta «Casa».










20 de dezembro de 2014

O "GROTESCO" DA PINTURA DE ZORAN NO MUSEU JOSÉ MALHOA


"Global Make - Up Program" do pintor Jugoslavo Zoran e "A Ilha dos Imortais" e da portuguesa Tereza Trigalhos são duas exposições temporárias que decorrem em simultâneo no Museu José Malhoa - Caldas da Rainha - e que podem ser visitadas até ao próximo dia 31 de Janeiro. 
Visitei ambas, mas devo dizer que gostei mais das obras de Zoran e, por isso, decidi escrever apenas a respeito dos trabalhos deste pintor. Confesso que apreciei mesmo muito as suas obras, talvez porque me pareceram mais espantosas, mais "agressivas", (não que aprecie ou cultive a agressividade enquanto emoção negativa), mais intensas, eu diria mesmo grotescas. Gostei dessa expressividade exagerada que das suas telas tão vivamente transparece. As pinturas de Zoran representam mais friamente e mais cruamente a sociedade, as suas fragilidades e os seus vícios, e o ser humano nas suas piores dimensões e manifestações. Pelo menos, foi assim que eu interpretei as obras expostas. 


 "Zoran (...) inquieto, inquisidor, reconhece a trama e põe em cena a vida corroída por um desespero surdo, um sentimento de angustia estranhada e irresistível transportando à sua caracterização a fragilidade física e moral de uma sociedade corroída por vícios e à deriva num denso simulacro que conduz a uma aparente paralisia dos seres, enclausurados no seu próprio grito(...)".


"(...) O grotesco constrói-se. De certo modo, gigantesco, como se as coisas que se movem à margem da razão humana adquirissem proporções descomunais (...)".




A exposição está patente ao público no Museu José Malhoa desde o passado dia 29 de Novembro, terminando apenas no final do mês de Janeiro, e pode ser visitada de terça a Domingo entre as 10:00 e as 18:00.



19 de dezembro de 2014

O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL

A foto remonta a um dos Invernos ( quem sabe se na quadra de Natal) da sagrenta II Guerra Mundial e mostra a enebriante alegria deste menino ao receber um simples par de sapatos. Impossivel ficar indiferente ao sorriso expontaneo de quem nada tem... A felicidade encontramo-la nas coisas simples, e nessa simplicidade habita o verdadeiro espirito de Natal!


O FASCINIO DAS FOTOS A PRETO E BRANCO


A fotografia consiste numa Arte, todos sabemos, muito embora nem todos a sintamos dessa forma. Para mim a fotografia ocupa um lugar muito presente na minha vida, enquanto Arte que aprecio apaixonadamente, enquanto parte fundamental do meu trabalho, enquanto testemunho da minha passagem neste Mundo, enquanto registo historico da sociedade em que vivo. As Imagens a preto e branco fascinam-me particularmente, pela capacidade de me fazerem recuar no tempo, na verdade, o seu grande poder: o de nos permitir conhecer o passado! Sem esquecer que registam o presente, garantindo o futuro. Gravam a temporalidade, pessoas, lugares, olhares, sorrisos, a paz, a guerra, a morte, a vida, sentimentos, o claro e o obscuro, a verdade e o segredo! As fotografias "sem cor" fascinam-me pela sua intrigante nostalgia, sejam antigas ou recentes!
As fotos que se seguem não obedecem a nenhuma cronologia em especial, constituindo apenas uma escolha pessoal. Espero que gostem delas, tanto quanto eu!