21 de dezembro de 2014

PÃO - DE - LÓ DE ALFEIZERÃO - IRRESISTÍVEL TENTAÇÃO


Estamos a poucos dias do Natal, e por esta altura é tempo de pensar na ementa do jantar do Natal, e em todas aquelas imensas e açucaradas iguarias que compõem a mais bela mesa de jantar do ano!
E, como «não há bela sem senão», a seguir a um jantar onde passamos grande parte do tempo a degustar «Fatias Douradas», «Azevias», «Troncos de Natal», «Bolo Rei», «Bolo Rainha» e «Sonhos», os dias seguintes serão um pesadelo em forma de quilos a mais! Ai Natal, Natal a quanto obrigas!
A minha “desgraça” já começou neste sábado. A tarde foi de passeio pelas atracções natalícias da região e - vá-se lá saber como -  dei por mim a entrar numa das mais antigas e tradicionais pastelarias da região Oeste - «A Casa de Pão - de - Ló de Alfeizerão». A tentação venceu e não resisti a uma enorme fatia de um dos maiores ícones da doçaria do Oeste. Doce, sem o ser em exagero, fofo, esponjoso, e húmido no seu interior, é a minha descrição deste afamado Pão - de - Ló.



À primeira vista parece apenas um vulgar «Pão - de - Ló» mas, na verdade, destaca-se dos restantes que se fabricam em em Portugal, pelo seu interior liquido e cremoso, dando a ideia de que ainda está meio cru, havendo até quem julgue que se trata de um recheio de ovos moles. Esta particularidade tem uma razão. Segundo a lenda, terá sido uma uma freira do Convento de Cós, (situado numa aldeia próxima de Alfeizerão), que estando incumbida de confeccionar o Pão - de - Ló para o Rei D. Carlos aquando da sua passagem por aquela localidade a caminho de São Martinho do Porto, o nervosismo a terá levado a retirar o bolo cedo de mais do forno. O Rei terá gostado tanto que a nova versão se manteve até aos nossos dias.





A confecção desta doçaria tem vários séculos de história, mas a sua comercialização teve inicio em 1925, por iniciativa do pároco da Vila de Alfeizerão. O negócio adquiriu proporções tais que a «Casa do Pão - de - Ló de Alfeizerão» continua a ser um caso de sucesso de renome nacional e internacional. Os actuais proprietários fazem questão de manter a tradição e, por isso, a sua confecção é mantida sob os rígidos padrões de qualidade e tradicionais métodos de outrora. 
Para além do Pão - de - Ló, podemos-nos deliciar com outros doces de influência conventual, como as Empadas de Galinha, as Queijadas, Trouxas de Ovos, Areias, Gengibres, Palitos de Manteiga, Suspiros, e muitas outros que dão fama a esta «Casa».










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