14 de novembro de 2014

MANOEL DE BARROS 1916 / 2014 - O POETA QUE FOI "VAGABUNDO PROFISSIONAL"

A literatura poética é um fascínio para mim. Fascinam-me as palavras, encantam-me os jogos que com elas podemos criar, abisma-se-me o olhar com o que se pode dizer com a poesia e perplexos jazem meus pensamentos perante grandiosas poesias...daquelas que não obedecem a regras gramaticais, daquelas que não ficam estanques, presas a "estilos" instaurados! Assim são os poemas de Manoel de Barros...autênticos "pontapés na gramática".
«Estilo é um modelo anormal de expressão: é estigma», pintou um dia Manoel de Barros no seu "caderninho de rascunhos".

Manoel de Barros faleceu esta semana! Podemos pensar que partiu...mas, na verdade e tal como deixou escrito, ele apenas acabou de chegar.

«Não preciso do fim para chegar».


«A gente nasce, cresce, amadurece, envelhece, morre. Para não morrer, tem que amarrar o tempo no poste. Eis a ciência da poesia: amarrar o tempo no poste».


«Eu queria ser lido pelas pedras. As palavras me escondem sem cuidado. 
Aonde eu não estou as palavras me acham».


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